Nunca vi protesto no Dia das Mães. É sempre a mesma ladainha. As propagandas exaltando a mãe rainha do lar. Mães que, muitas vezes, durante o ano são maltratadas e humilhadas por maridos e filhos(as) e engolem os sofrimentos por um dia de paz e alegria. Um dia em que as pessoas endeusam, não as peculiaridades de cada mulher, mas sim uma figura "vendida" de abnegação e sacrifício que só reforça o machismo e a discriminação.
Desculpem o azedume e amargura. Sou mãe também e adoro ser lembrada.
Mas hoje, ao ver a notícia de mais duas mulher mortas, em Londrina - Valéria Aparecida Motta, 31 anos, assassinada pelo ex-marido que não aceitava a separação, e Daniele Cristina de Araujo, uma adolescente de 13 anos que, segundo informações, pode ter sido assassinada pelo ex-namorado - não me contive.
No próximo Dia das Mães estarei sob protesto e de luto por todas as mulheres violentadas e mortas.
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