PENSO, LOGO, BLOGO!

Blog inserido no debate político e de fatos importantes do Município de Londrina (y otras cositas más), que pretende trazer a visão desta jornalista e cidadã londrinense. Lorena Pires Rostirolla (MTB/PR 2.943)

24 de set. de 2012

Não resisti (2)

De Paulo Briguet em Com o Perdão da Palavra:

Três palavras


“Entre a desonra e a guerra, eles escolheram a desonra – e terão a guerra.”

(Palavras proféticas de Winston Churchill, herói da humanidade, depois do Pacto de Munique, assinado em 1938 por Chamberlain e Daladier com Hitler e Mussolini.)

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Existem três palavras importantes e perigosíssimas: união, paz e família.

Não há dúvida de que a união é uma coisa desejável. Nossa cidade, hoje mais do que sempre, necessita de união para se recuperar dos terríveis acontecimentos políticos dos últimos anos. Mas é preciso perguntar: união com quem e para quê? De certos tipos de união, o melhor é guardar distância. Nunca é demais lembrar que os membros de uma quadrilha são unidos entre si. Quem não sabe se separar do que é mau não tem condições de saber o que é bom. Pregar a união sem propósito, a união sem critérios, a união a qualquer preço, a união do balaio de gatos, é dar sopa a enganadores e criminosos. Eu não quero me unir a eles; e imagino que vocês, meus sete leitores, também não queiram.

E que homem sensato poderia ser contra a paz? É um valor tão importante que está nas primeiras palavras de Jesus após a ressurreição: “A paz esteja convosco”. Um dos cumprimentos mais solenes em toda a tradição judaico-cristã é exatamente este: Shalom. No entanto, ai daquele que confundir a paz com a covardia! Acaso os mensaleiros de Brasília ou os corruptos de Londrina devem ser deixados em paz para agir livremente? É óbvio que não. Quem ama a paz, arma-se para a guerra.

Família é outro conceito fundamental, não apenas em nosso tempo, mas em toda a história da humanidade. Sem ela, viveríamos no mais absoluto caos.

Porém, os mafiosos e os corruptos também cultivam valores familiares: defendem as suas famílias tentando controlar ou, nos casos extremos, destruir as famílias alheias. Por isso, eu não acredito em políticos paternalistas que prometem cuidar da minha família como se tivessem direito a isso. O governo não é pai patrão: ele não tem direito de interferir na educação do meu filho, na forma como eu gasto o meu dinheiro ou nas minhas opiniões pessoais. Os políticos não “cuidam” de ninguém; nós é que precisamos ter cuidado com eles.

União, paz, família. Três palavras valiosas demais para que sejam deixadas nas mãos dos políticos.

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