De repente a visão turva
Saio na cidade e não vejo o sol
Ele está lá,
Mas parece que quer se esconder.
E o verde da Londrina,
Cheia de fundos de vale
E de verde por toda parte,
Não é o verde que eu queria ver.
É um verde sem luz.
São ruas sem luz.
Uma sombra paira sobre nós
Porque o sol se escondeu
Eu entendo o sol
- Ele está como eu -
Vermelho!
De vergonha.
Indignado, ele pede à lua
Que se posicione
Nesse pontinho do mapa
Onde nos encontramos.
Pra não ver o que está acontecendo.
E ficamos aqui curtindo o frio.
Não o do inverno em pleno outono,
Mas o frio do desânimo,
Da reincidência.
Do caos que se instala novamente.
Mesmo sabendo que Londrina
Se reergue sempre
E ressurge das cinzas
Como a Fênix.
Lorena Pires Rostirolla
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