PENSO, LOGO, BLOGO!

Blog inserido no debate político e de fatos importantes do Município de Londrina (y otras cositas más), que pretende trazer a visão desta jornalista e cidadã londrinense. Lorena Pires Rostirolla (MTB/PR 2.943)

9 de jun. de 2011

Angelo Guaracy Rostirolla

Hoje, dia 9 de junho, meu pai - Angelo Guaracy Rostirolla - completaria 88 anos. Há cinco anos e meio ele se foi e a saudade é muito, muito grande. Em homenagem a ele posto aqui uma poesia que fiz para ele.

Meu pai

Eu me lembro...
Quanto tempo já passou

Sentávamos na varanda
Que prazer indefinível,
Para ouvir o pai falar
Fazia-nos tantas perguntas
Todas elas pra educar
Fazia isso brincando
Nossas mentes alimentando
Nos ditando bons conselhos,
Trazendo sábia alegria,
Que ainda hoje em dia
Ouso eu de desfrutar
...eram bons tempos aqueles!?
De tardinha ele chegava
Corríamos para abraçá-lo
Tirar-lhe os sapatos
Uma disparada louca
Em busca do seu chinelo
Como se fosse uma jóia,
Um tesouro escondido,
Fazíamos isso com gosto
Só para ver em seu rosto
Expressão de alegria
Sim...
Sentávamos na varanda
Ele numa cadeira de nylon,
Velha e verde, confortável
Nós todos à sua volta

Agradeço,
Porque fez brotar em mim
A vontade de saber
E como ele mesmo diz,
Pois tem grande sabedoria,
Ser um rio largo e raso
Saciou a minha sede,
Grande sede de aprender,

Agradeço a você, meu pai,
Pai que amo e admiro,
Pois sei que sou obra sua
Grande parte do que sou
“É você”
Grande parte de você, sou eu.

Esta poesia fiz quando tinha 20 anos e foi um presente de aniversário para meu pai quando ele completou 60 anos.

7 de jun. de 2011

ECLIPSE


De repente a visão turva
Saio na cidade e não vejo o sol
Ele está lá,
Mas parece que quer se esconder.

E o verde da Londrina,
Cheia de fundos de vale
E de verde por toda parte,
Não é o verde que eu queria ver.
É um verde sem luz.
São ruas sem luz.

Uma sombra paira sobre nós
Porque o sol se escondeu

Eu entendo o sol
- Ele está como eu -
Vermelho!
De vergonha.

Indignado, ele pede à lua
Que se posicione
Nesse pontinho do mapa
Onde nos encontramos.
Pra não ver o que está acontecendo.

E ficamos aqui curtindo o frio.
Não o do inverno em pleno outono,
Mas o frio do desânimo,
Da reincidência.
Do caos que se instala novamente.
Mesmo sabendo que Londrina
Se reergue sempre
E ressurge das cinzas
Como a Fênix.

Lorena Pires Rostirolla