PENSO, LOGO, BLOGO!

Blog inserido no debate político e de fatos importantes do Município de Londrina (y otras cositas más), que pretende trazer a visão desta jornalista e cidadã londrinense. Lorena Pires Rostirolla (MTB/PR 2.943)

10 de fev. de 2010

Érica, estamos com você.


Londrina toda está sensibilizada com o caso de Érica Pedrão de Brito, que foi atingida por uma pedra (na verdade um pedaço de concreto de cerca de 1,5kg) quando voltava para casa com o namorado Anderson Batista Ambroziak, no sábado (06), entre 1h e 1h30 da madrugada.

A versão de Anderson sobre o ocorrido foi registrada na polícia civil que já abriu o inquérito e está investigando. Segundo ele, ao sair de um churrasco na casa de amigos, para voltar para o centro da cidade, antes de passar pelo restaurante Fogão Caipira, na avenida Celso Garcia Cid, os dois ouviram um barulho e sentiram o baque de um objeto atingindo a lanterna traseira do carro. Enquanto Anderson virou-se para trás para tentar ver o que estava ocorrendo, Érica o avisou da movimentação à frente do carro. Anderson não parou o carro e neste momento, enquanto seguia pela Celso Garcia Cid, várias pessoas estavam vindo em direção ao carro atirando pedras e acertando o veículo com bastões e outros objetos. A única reação de Anderson foi acelerar o carro para sair o mais rápido possível dali. Foi quando uma grande pedra acertou o capô do fusca, depois bateu no parabrisa quebrando-o e acertando a cabeça de Érica. Anderson não viu quando ela foi atingida porque o parabrisa estilhaçou, mas sentiu quando ela desfaleceu em seu ombro. Ele parou o carro quando se sentiu em segurança (a cerca de 200 metros) e percebeu que ela não respirava. Começou então a fazer massagem cardíaca e respiração boca a boca e ela voltou a respirar no mesmo instante que um motorista de um micro-ônibus da TCGL parou e ligou para o Samu, que em menos de dois minutos chegou para prestar o atendimento. Também parou um motorista de um micro-ônibua de empresa particular para prestar socorro. O Samu, ao atender Érica, solicitou a escolta da polícia militar para todos que estavam no local para garantir a segurança para sair do local e irem todos para o Hospital Evangélico, onde Érica está internada em estado grave, com risco de morte.

Esta versão de Anderson é a que ele tem dito para todos e, inclusive, a imprensa. E Anderson reforça: NÃO HAVIA NINGUÉM APARENTE QUANDO ELE ENTROU NA AVENIDA CELSO GARCIA CID E TAMBÉM NÃO HAVIA BLOQUEIO OU BARREIRA À SUA FRENTE. A VIA PARECIA DESERTA E ESCURA NAQUELE MOMENTO E LOGO APÓS ELE PODE PERCEBER QUE AS PESSOAS VINHAM DAS CALÇADAS JÁ ATIRANDO OS OBJETOS.

Do contrário, da parte dos indígenas várias versões foram dadas à imprensa, UMA PARA CADA VEÍCULO DE COMUNICAÇÃO:

- que o Anderson estava bêbado e que jogou o carro em cima das pessoas;

- que ele passou em alta velocidade;

- que ele foi avisado pelos índios para não passar pelo local;

- que foi um revide porque um índio havia levado um tiro um tempo antes;

- que um carro e uma moto passaram atirando nos índios e Anderson e Érica passaram e foram apedrejados como uma reação ao ataque (como se tudo tivesse acontecido ao mesmo tempo);

- que toda ação tem uma reação, como se os indígenas estivessem reagindo ao fato de um índio ter sido atingido por um tiro ou colocando Anderson como agressores e não agredidos;

- que os índios não usaram pedras (não sei se choro ou se rio disso porque a pedra está onde caiu - dentro do carro - com o sangue de Érica);

EU, LORENA PIRES ROSTIROLLA, QUERO DEIXAR BEM CLARO QUE SEMPRE DEFENDI AS MINORIAS, SEUS DIREITOS E SUAS LUTAS, MAS JAMAIS DEFENDEREI A IRRESPONSABILIDADE, O CRIME E O ATAQUE À PESSOAS INOCENTES. FICOU CLARA TAMBÉM A OMISSÃO DO ESTADO, JÁ QUE, MESMO DEPOIS DE UM ÍNDIO LEVAR UM TIRO NÃO HOUVE NENHUMA MOVIMENTAÇÃO DA POLÍCIA PARA GARANTIR A SEGURANÇA DE TODOS. NEM UMA VIATURA FOI ALOCADA PRÓXIMO AO LOCAL EM UMA DISTÂNCIA SEGURA (NOS DOIS SENTIDOS DA VIA PÚBLICA) PARA INFORMAR OS QUE TRAFEGAVAM NAQUELA REGIÃO E DESVIAR O TRÂNSITO. ORA, PRIMEIRO UM ÍNDIO LEVA UM TIRO, DEPOIS UMA MULHER É QUASE MORTA E, MESMO ASSIM DEPOIS DE QUASE DUAS HORAS OUTRO CARRO É APEDREJADO.

TODOS OS QUE ESTÃO CHORANDO E ORANDO PELA ÉRICA COBRAM A RESPONSABILIDADE E AS PROVIDÊNCIAS. TODA A CIDADE DE LONDRINA COBRA ISSO.

E, SE DEPENDER DE MIM, ESTE CASO NÃO SERÁ ESQUECIDO. A ÉRICA É IRMÃ DE MEU GENRO BRUNO. MESMO SE NÃO FOSSE, MINHA INDIGNAÇÃO SERIA IMENSA, MAS ESTANDO PERTO E VENDO O DESESPERO E A TRISTEZA DE TODOS ELA SE MISTURA À DOR, A EXPECTATIVA E A ESPERANÇA DA FAMÍLIA E AMIGOS PARA QUE A ÉRICA SE RECUPERE E POSSA VOLTAR À SUA VIDA NORMAL.

13 comentários:

Acorda Londrina disse...

Uma pena estarem agredindo as pessoas erradas... Uma pena estarem usando da força bruta... Uma pena estrem nessa situação...

Um índio, uma pena.

Alisson Marques disse...

Me sensibilizo pelo drama desta moça e desta família. Entretanto não podemos deixar de nos indignar com o que os governantes vêm fazendo com os indígenas, nossos dramas individais não podem superar o que a sociedade branca e racista tem feito com os indígenas durante tantos e tantos anos. Existe ameaças constantes aos povos indígenas por parte de bandidos que são detentores de terra próximas a reservas e nada é feito. Os indígenas tiveram seu local de permanencia na cidade fechado e até hoje aguardam por uma reforma que nem ao menos começou. O episódio acontecido com esta garota não pode esconder os verdadeiros culpados pela violência, e o que é pior criminalizar a reinvindicação dos povos indígenas como vi acontecendo em nossa mídia nojenta.

Janaina disse...

Sou cunhada da Érica, irmã do Anderson. Estou aqui no Rio de Janeiro rezando com muita fé e tenho certeza de que a nossa Érica sairá dessa! A minha indignação pela falta de justiça e de clareza nos fatos tbm é enorme. Contem comigo, mesmo estando longe estou perto e farei o possível e o impossível para punir todos os culpados por essa tragédia. Que Deus nos conforte!

CLAUDINÉIA MORAIS disse...

ESTAMOS TODOS MUITO TRISTES COM ESSA INJUSTIÇA.ESTAMOS EM ORAÇÃO PEDIMOS A DEUS QUE ERICA SE RECUPERE LOGO.
NÉIA

Unknown disse...

VioLência, gera violência, onde esses índios acham q vão chegar com essas atiitudes!!!!! Pessoas têem q pagar por isso. Registro aqui minha indignação!!!! São Carlos - SP

Arthur Montagnini disse...

Vamos esperar que os culpados sejam punidos!

E torcer para que ela se recupere bem. Está no Rabisco, Lorena.

Anônimo disse...

Violência gera violência sim, como voce mesmo escreveu, Dani. Só que não foram os indios que começaram. Teve um tiro num índio antes, e antes, a omissão e irresponsabilidade do Estado ao deixá-los desamparados pela cidade. Os indios vinham se manifestando há dias, avisando inclusive que iriam radicalizar derrubando torres de distribuiçao de energia da Copel (o que ainda poderá acontecer). Era uma tragédia anunciada.

Unknown disse...

Estudava Administração com a Érica, estou chocada com o que aconteceu! Ela é uma pessoa maravilhosa, que crueldade sem tamanho esses Índios fizeram com ela. Torço pela sua recuperação e que a justiça seja feita!

Lorena disse...

Como tenho tido pouco tempo para responder a todos os comentários, depois agradecerei e/ou responderei um a um, mas gostaria de agradecer em nome da família da Érica todas as mensagens de indignação com o que aconteceu e a solidariedade e fé demonstrada por todos e todas. Isso, com certeza, contribuíra para a sua recuperação

Unknown disse...

Ola Lorena , gostaria de saber noticias da Erika, sua recuperaçao como anda ? tenho orado muito por ela e creio que nosso Deus esta com ela.um abraço.. Sirley

Lorena disse...

Shirley, desculpe responder seu comentário somente agora, mas é que uma gripe me pegou e só hoje voltei a acessar o meu blog. A Érica está melhor e já recebeu alta. Agora será uma longa jornada até que ela se recupere completamente - é o que esperamos - já que ficou com sequelas. Mas graças à oração de todos e todas a recuperação dela está melhor do que achamos que estaria, pela situação em que ficou. Eu e toda a família pedimos que continuem as orações. A Érica tem muita força e, com certeza, irá superar tudo isso.

Anônimo disse...

Pelo que li no jornal desta manhã, a estudante está bem,na medida do possível,eu tbm sou uma defensora da minoria e dos menos favorecidos,porém,não se defende uma causa,um ideal,pautado em violência,retaliação e sim com argumentos,pq,são civis que foram atingidos e não a alta cupula.
A família de Érica,deve,buscar seus direitos como cidadã,cobrar judicialmente do governo federal e da Funai, tal irresponsabilidade social. Polícia para que polícia?
para mediar e evitar conflitos. seria o papel social de cada um.
Desejo,que,Londrina não esqueça disto,e que busque os direitos pautados no senso de justiça.
Eu tenho medo do que? do marasmo e da mesmice em q a sociedade atua,enquanto as pessoas viveram, voltados para progranas,q nos ensinam mentir,trapacear,ofender,
nunca chegaremos a consenso nenhum e a vida vale cada vez menos e nossos direitos tambem.

Lorena disse...

Peço desculpas ao último anônimo por publicar seu texto só agora, mas tive problemas de acesso ao meu blog. Agradeço pela mensagem. A Érica realmente está melhor, graças a Deus, no entanto teve sua vida totalmente alterada pelo que ocorreu e as autoridades, inclusive os índios que são cidadãos, devem responder por seus atos, sejam eles atos criminosos (no caso dos índios) ou omissos, no caso do Estado do Paraná, o governo federal e a Funai.